domingo, 25 de abril de 2010

Querido diario...

Na verdade nunca, nunca mesmo escrevo isso no meu blog. Mas meu namo acha que eu utilizo meu blog como um diario.
Não! Minha intenção é escrever o que eu estou pensando e sentindo neste exato momento, assim depois de um tempo eu me lembro direitinho o pq d eu ter feito tais coisas.
Não tenho o intuito de que as pessoas leem isso e saibam tudo sobre minha vida. Afinal nãoi estou em uma novela, não preciso ter platéia.

oS OUTROS...


O inferno são os outros” – Jean Paul Sartre

Os outros não entendem.
Os outros não colaboram.
Os outros ganham na loteria.
Os outros perdem o irmão num acidente.
Os outros pegam lepra, leishmaniose, peste, bico-de-papagaio, hemorróidas, câncer, gripe espanhola.
Os outros têm histórias para contar.
Os outros dormem no ponto.
Os outros moram em favelas.
Os outros vacilam.
Os outros são seqüestrados, torturados e assassinados.
Os outros não sabem de nada.
Os outros são presos injustamente.
Os outros são viciados em remédios, coca-cola e café expresso.
Os outros não se entendem.
Os outros moram em mansões.
Os outros são cheios de manias.
Os outros são babacas, otários e arrogantes.
Os outros não têm limites.
Os outros são pegos em flagrante.
Os outros mentem muito.
Os outros esquecem.
Os outros vão para os Estados Unidos de férias.
Os outros tiram férias.
Os outros são os Estados Unidos.
Os outros são ingênuos e tropeçam na rua.
Os outros se jogam do viaduto e do décimo-nono andar.
Os outros não são de confiança.
Os outros fazem fila no hospital.
Os outros sabem mecânica quântica e lógica paraconsistente.
Os outros cantam e dançam.
Os outros não perdem por esperar.
Os outros fazem dívidas.
Os outros não sabem o que querem.
Os outros têm vergonha e verrugas.
Os outros saem no jornal.
Os outros não são de nada.
Os outros perdem a hora.
Os outros comem mortadela com sorvete escondido.
Os outros não têm o que comer.
Os outros ficam tão bonitos com suas roupas caras.
Os outros são feios.
Os outros trabalham para nós.
Os outros perdem.
Os outros são cafonas.
Os outros fazem regime e ginástica.
Os outros são cultos.
Os outros só lêem orelha.
Os outros não sabem de nada.
Os outros não nos entendem.
Os outros enganam.
Os outros exploram.
Os outros desamam.
Os outros desaparecem.
Os outros deixam a casa bagunçada.
Os outros têm obrigação.
Os outros jamais vão dormir sem lavar a louça.
Os outros gostam de pornografia.
Os outros são ladrões, desonestos e pão-duros.
Os outros são cretinos.
Os outros esnobam.
Os outros traem.
Os outros desconfiam.
Os outros não dão explicações.
Os outros esquecem.
Os outros falam a verdade quando dão entrevistas.
Os outros dão entrevistas.
Os outros ficam velhos.
Os outros têm com quem comentar o filme.
Os outros estrelam os filmes.
Os outros querem assim.
Os outros são de Lua.
Os outros tomam Sol.
Os outros são teimosos.
Os outros morrem na guerra.
Os outros morrem.
Os outros são neuróticos, histéricos, obsessivos, possessivos e psicóticos.
Os outros passam nos concursos.
Os outros perdem tudo no jogo.
Os outros são certinhos.
Os outros choram de barriga cheia.
Os outros decidem.
Os outros falam mal da gente.
Os outros fazem de propósito.
Os outros são vítimas.
Os outros fazem de conta.
Os outros pedem esmola.
Os outros ficam paraplégicos.
Os outros são pegos pelo fisco.
Os outros têm mau-hálito.
Os outros nem sonham.
Os outros são paranóicos.
Os outros são preguiçosos.
Os outros não estão tão tristes assim.
Os outros vão levando.
Os outros estão muito pior.
Os outros não têm motivo.
Os outros não estão nem aí.
Os outros fazem tudo escondido.
Os outros nem desconfiam.
Os outros não sabem o que fazem.
Os outros é que são felizes.
Os outros não trabalham.
Os outros são tarados, perversos e serial killers.
Os outros não compram a prestação.
Os outros são um bando de incompetentes.
Os outros dirigem muito mal.
Os outros furam fila.
Os outros vivem histórias de novela.
Os outros vêem novela.
Os outros ainda têm tempo pela frente.
Os outros, no fundo, são bons.
Os outros são tão infantis.
Os outros vão dormir sem tomar banho.
Os outros não prestam.
Os outros dão um duro danado.
Os outros são chatos.
Os outros são todos iguais.
Os outros não sabem dar valor.
Os outros, sim, é que sabem viver.
Os outros são egoístas.
Os outros nos perseguem.
Os outros são diferentes.
Os outros são uns ingratos.
Os outros não guardam segredo.
Os outros fazem promessas, jogam búzios e acreditam em milagres.
Os outros só querem aparecer.
Os outros desaparecem quando se precisa deles.
Os outros vão dormir tarde porque fazem amor.
Os outros vão para o céu.
Os outros são o inferno.
Os outros apanham da vida.
Os outros nunca esquecem.
Os outros são mal amados e acordam cedo.
Os outros são bregas, caipiras e modernos.
Os outros jogam papel na rua.
Os outros soltam a franga.
Os outros têm medo e dormem com a luz acesa.
Os outros não têm coração.
Os outros não fazem nada.
Os outros não tomam providência.
Os outros tomam na cabeça.
Os outros desistem.
Os outros insistem.

PS: Resumindo - os outros são um verdadeiro incômodo!

Jogue...


Estamos dentro de um jogo, mas não somos as peças, somos as mãos que controla as peças, o objetivo é fazer dos jogadores peças em suas mãos, o descuido fará com que você seja peças nas mãos dos outros.

Não há boas intenções atrás de palavras aveludadas demais, assim como não há rosas aveludadas sem espinhos; desconfie sempre de todos os elogios, quando alguém diz muito o que você quer ouvir, é porque nunca sabem o que dizer ou porque estão tentando jogar contigo.

Aceite as criticas sobre sua ignorância, aceite todas elas, ao reconhecer-se como um ignorante busque o conhecimento, mas esse conhecimento não está na quantidade de livros que você lê, e sim no quão frio você é capaz de ser para não deixar cair por falsas palavras, por cenas de dramas e por indivíduos que encenam papeis de vitima diante da própria escolha feita.

Seja silencioso, não fale nada, não revele nunca as coisas que você sabe, se faça de tolo, represente, você está na sociedade do espetáculo, só receberá aplausos se atuar bem, e a atuação de um ator depende do quão falso ele consegue ser no palco, mas cuidado, esse teatro poderá também enganar você.

Jogue, mas jogue para vencer, jogue também o que não te convém, a sobrevivência social chega á um ponto em que você tem que saber se mascarar e reconhecer as máscaras que os outros estão usando, finja que acredita nessas máscaras... Se os humanos fossem bons, não precisaria do fator morte para evitar o acumulo dessa raça contaminada.

Nunca vire a página - compre um livro novo e recomeçe sua história com um conto que valha á pena!

Interrogações...


"Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar...
Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela felicidade, com o amor da sua vida.
Desde pequenas ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar?" E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ele?".
Como diz meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente sempre achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Fazíamos planos, escolhíamos o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente...
PLAFT! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo".
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando você está de short,camiseta e chinelo.
A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação, já não tem o mesmo valor que tinha antes.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal,que nos complete, e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta... E haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira. Sem falar na diversidade, que vai do Forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som... Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, voce vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fome de viver...


hora de recomeçar. pensamentos que não foram falados, sentimentos que foram levados, lembranças que ficaram. não dá pra esquecer isso, mas tá na hora de deixar isso guardado em algum canto e seguir em frente.

quanto mais frio fica, mais eu posso ver que os arrependimentos não vão me deixar ser livre. então tudo bem, é hora de mudar (e eu adoro isso). e quando a hora chegar eu não vou estar mais aqui. vou pra algum lugar, onde eu possa ver o céu azul e as minhas estrelas.

março se passou e o frio chegou. adoro essa brisa gelada da tarde. está chovendo e eu agora eu posso ver que que a vida não é tão complicada, e vale a pena se você tentar o suficiente e reclamar menos.

eu cuidei das minhas feridas. deixei minhas tristezas pra trás, a felicidade pra amanhã e alegria pra breve. aprendi a perdoar, a deixar ir embora.
agora eu prefiro muito mais voar do que andar num caminho que é tão errado. não sei pra onde eu estou indo, mas sei que volto pra ver o que ficou, um dia.

um novo começo. ser ambiciosa talvez seja bom dessa vez.

dessa vez não é a chuva que está vindo...
é uma tempestade.

Pq amo vc...

Hoje mais que nunca estou tentando mudar algumas coisas em mim.
Devo essa atitude a quem eu mais amo... Meu pai
_Suh, te falo todas essas coisas por que dói mais em mim do que em você quando vejo alguem que te repreende e depois você fica assim, triste. Desculpe mas não quero te ver asssim. Me deixa triste também...




Foi essa frase que ele me disse hoje na cozinha. E é por ele que agora irei fazer tudo pra deixa-lo feliz.
te amo Pai





Mario Quintana...


Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

Mário Quintana

terça-feira, 20 de abril de 2010

Não me dê atenção, mas obrigada por pensar em mim...

"- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!

E um pouco mais tarde acrescentaste:

- Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol…"






domingo, 18 de abril de 2010

A de hoje...

- É preciso ter muita coragem para enfrentar seus inimigos e mais coragem ainda para enfrentar seus próprios amigos


Alice...

Pelo que me lembre desde março tenho lido muitos livrs: eragon eldest, o caçador de pipas, p.j. e o ladrão de raios, o morro dos ventos uivantes, amor em dez minutos, fora meus amados: crepusculo, lua nova, eclipse, amanhecer...
Estava lendo outro, que agora quero dar-lhe a devida homenagem.



Aparentemente, o conto de Alice ganhou destaque com a notícia do filme. Mas por incrível que pareça, comecei a ler o livro por indicação de uma pessoa muito especial! Vou postar os trechos que mais adorei do livro:


Não adianta eles colocarem suas cabeças para baixo e dizer, “venha para cima, querida”. Eu vou simplesmente olhar para cima e dizer “Quem sou eu? Digam-me isso primeiro e depois, se eu gostar de ser a tal pessoa, eu subirei: se não, vou ficar aqui até ser outra...mas, puxa”, e Alice começou a chorar, com uma súbita explosão de lágrimas.
“Eu queria que eles olhassem para baixo! Eu estou tão cansada de estar aqui sozinha.”


“Era bem melhor em casa”, pensou a pobre Alice, “ninguém fica crescendo e diminuindo, e recebendo ordens de ratos e coelhos. Eu quase desejo não ter entrado na toca do coelho...mas, mas, é tão curioso, sabe, esse tipo de vida! Eu queria saber o que pode ter acontecido comigo. Quando eu lia contos de fada, ficava imaginando que esse tipo de coisas nunca acontece e agora estou aqui no meio de um! Deveria haver um livro escrito sobre mim, deveria sim! E quando eu crescer, eu vou escrever um...mas...eu já cresci...”, ela continuou com uma vozinha triste, “não há mais espaço para eu crescer aqui.”
“Mas então”, pensou Alice, “eu não vou nunca ficar mais velha do que sou agora? Isso é um conforto, de qualquer maneira...nunca ficar velha...e então...ter sempre que estudar. Oh! eu não gostaria disso!”
“Ah, sua bobinha”, ela respondeu para si mesma. “Como você quer estudar aqui? Afinal esse quarto já está tão pequeno para você, quanto mais para livros de escola!”


A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.
“Quem é você?”, perguntou a Lagarta.
Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
“O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”
“Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?”
“Eu não vejo”, retomou a Lagarta.
“Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.”
“Não é”, discordou a Lagarta.
“Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?”
“Nem um pouco”, disse a Lagarta.
“Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.”
“Você!”, disse a Lagarta desdenhosamente. “Quem é você?”
O que as trouxe novamente para o início da conversação. Alice sentia-se um pouco irritada com a Lagarta fazendo tão pequenas observações e, empertigando-se, disse bem gravemente: “Eu acho que você deveria me dizer quem você é primeiro.”
“Por quê?”, perguntou a Lagarta.
Aqui estava outra questão enigmática, e, como Alice não conseguia pensar nenhuma boa razão, e a Lagarta parecia estar muito chateada, a menina despediu-se.
“Volte”, a Lagarta chamou por ela. “Eu tenho algo importante para dizer!”
Isso soava promissor, certamente. Alice virou-se e voltou.
“Mantenha a calma”, disse a Lagarta.
“Um lado do quê? Outro lado do quê?”, pensava Alice consigo mesma.
“Do cogumelo”, respondeu a Lagarta, como se Alice tivesse falado alto, e já no momento seguinte ela estava fora da vista.
Alice permaneceu olhando pensativamente para o cogumelo por um minuto, tentando compreender quais eram os dois lados da planta, e, como ela era perfeitamente redonda, sentiu-se em meio a uma difícil questão. Entretanto, afinal a menina esticou seus braços o mais que pôde em torno do cogumelo e cortou um pedaço da borda com cada mão.


“O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”
“Isso depende muito de para onde você quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importo muito para onde...”, retrucou Alice.
“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.
“...contanto que dê em algum lugar”, Alice completou.
“Oh, você pode ter certeza que vai chegar”, disse o Gato, “se você caminhar bastante.”
Alice sentiu que isso não deveria ser negado, então ela tentou outra pergunta.
“Que tipo de gente vive lá?”
“Naquela direção”, o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo, “vive o Chapeleiro, e naquela”, apontando a outra pata, “vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos.”
“Mas eu não quero ficar entre gente maluca”, Alice retrucou.
“Oh, você não tem saída”, disse o Gato, “nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca.”
“Como você sabe que eu sou louca?”, perguntou Alice.
“Você deve ser”, afirmou o Gato, “ou então não teria vindo para cá.”
Alice não achou que isso provasse nada afinal: entretanto, ela continuou: “E como você sabe que você é maluco?”
“Para começar”, disse o Gato, “um cachorro não é louco. Você concorda?”
“Eu suponho que sim”, respondeu Alice.
“Então, bem”, o Gato continuou, “você vê os cães rosnarem quando estão bravos e balançar o rabo quando estão contentes. Bem, eu rosno quando estou feliz e balanço o rabo quando estou bravo. Portanto, eu sou louco.”
“Eu chamaria isso de ronronar, não rosnar”, disse Alice.


“Bem! Eu tenho visto muitos gatos sem sorriso”, pensou Alice, “Mas um sorriso sem um gato! É a coisa mais curiosa que já vi em toda minha vida!”


Alice suspirou enfastiadamente. “Eu acho que você deveria fazer coisa melhor com seu tempo”, ela disse, “ao invés de gastá-lo com charadas que não têm resposta.”
“Se você conhecesse o Tempo tão bem quanto eu conheço”, o Chapeleiro falou, “não falaria em gastá-lo como se fosse uma coisa. Ele é uma pessoa.”
“Eu não sei o que você está dizendo”, disse Alice.
“Claro que não!”, o Chapeleiro disse, sacudindo a cabeça desdenhosamente. “É muito provável que você nunca tenha falado com o Tempo!”
“Talvez não”, Alice replicou cautelosamente, “mas eu sei que tenho que marcar o tempo quando aprendo música.”
“Ah! Isso explica”, concluiu o Chapeleiro. “Ele não vai ficar marcando compasso para você. Agora, se você ficar numa boa com ele, poderá fazer o que quiser com o relógio. Por exemplo, suponha que são nove horas da manhã, bem a hora de começar a fazer as lições de casa, você apenas tem que insinuar no ouvido do Tempo e o ponteiro dá uma virada num piscar de olhos! Uma e meia, hora do almoço!”


“Tome mais um pouco de chá”, ofereceu a Lebre de Março para Alice, com um ar sério.
“Mas eu ainda não tomei nada”, replicou Alice em um tom ofendido, “portanto eu não posso tomar mais.”
“Você quer dizer que não pode tomar menos”, disse o Chapeleiro, “é mais fácil tomar mais do que nada.”

Seja o que vc parece ser...


"Concordo plenamente com você", disse a Duquesa; "e a moral disso é 'Seja o que você parece ser'... ou, trocando em miúdos, 'Nunca imagine que você mesma não é outra coisa senão o que poderia parecer a outros do que o que você fosse ou poderia ter sido não fosse senão o que você tivesse sido teria parecido a eles ser de outra maneira'."

CARROLL, Lewis. Aventuras de Alice no País das Maravilhas.

E agora...


Eu sou tímida o suficiente pra agir sem pensar, falar a primeira coisa que vem na cabeça. Pra dançar de olhos fechados; me imaginar sozinha na festa; cantar desafinada mais alto que a música quando to tomando banho. Pra ser uma boa ouvinte e a pior das conselheiras, ou o contrário. Sou suficientemente tímida para decorar o discurso na frente do espelho e esquecer que não tinha talvez na simulação; pra evitar conversas em filas de banco, ponto de ônibus, caixas de supermercado. Acanhada o bastante pra ser descrita numa música; para acordar Chuck Bass e ir dormir Greta Garbo, se inspirar emSeth Cohen e ser tão sincera quanto Shyoran Lee; pra me apaixonar por qualquer cartaz que sorri por mim, por qualquer pessoa que me ofereça colo e que goste de cafuné, pipoca e filme velho. Encabulada pra estar no meio de um monte de gente e não se sentir sozinha; pra rir de si mesma e usar o humor como defesa; pra não conseguir dizer não a quase nada e sonhar o tempo todo acordada.Tímida o suficiente pra não demonstrar isso à ninguém e me arrepender de ter escrito tudo isso.
.
Compreender é diferente de sentir. Não me compreenda... sinta-me.

Pra você...

Um dia você acorda e descobre que tudo está diferente, que tudo mudou. Você descobre que seu coração já não bate tão depressa,
 descobre que o motivo da insônia mudou, descobre que já não se preocupa mais. Descobre que aqueles problemas acabaram, descobre que as lágrimas também vêm com a felicidade
. Um dia você acorda e deseja ter tudo aquilo de novo, ao menos uma vez.
 Um dia você acorda e descobre que esqueceu, e por incrível que pareça, você continua forte&inteira
E, então, você descobre que não precisa de nenhum esforço pra sorrir. Nesse dia te desejo feliz aniversario feliz...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O CORVO, A CORUJA BRANCA E A SOLIDÃO ...


Não se sabe bem ao certo onde esse conto foi contado, alguns falam que ocorreu no deserto da Espanha, outros afirmam que Espanha era apenas o apelido de uma jovem poetisa que era vazia e silenciosa com um coração deserto, já em outros povos há quem diga que ocorreu em um lugar onde havia muita neve e montanhas, mas no conto o espaço já não tinha importância e sim o tempo...

  *.¸¸. O CORVO, A CORUJA BRANCA E A SOLIDÃO .¸¸.* 

 I
 

Havia um corvo selvagem que voava pelos lugares mais perigosos e não sentia medo de nada, o Corvo conversava com os espíritos da selva, do ar e dos mares e eles sempre o orientavam, mas o Corvo sentia que havia um tempo em seu espaço que ele deveria usar, esse tempo foi colocado em uma caixinha e jogado na sua árvore, logo o Corvo deduziu que independente se fosse ou não um presente pra ele, ele deveria abrir.

Então com o tempo em suas mãos, o Corvo voou na montanha para enxergar a selva inteira e ver onde ele usaria esse tempo, por acidente encontrou a Coruja Branca que adivinhava o futuro de qualquer um, a Coruja Branca vivia com a sua amiga Solidão, as duas sempre juntas. A Coruja Branca amava a Sabedoria, mas a Sabedoria morava tão longe dela, que ela tinha que se preparar para uma longa viagem, foi por causa disso que ela fez amizade com a Solidão, pois a Solidão era uma das melhores guia para levar qualquer um á amiga Sabedoria.

No topo da montanha a Coruja Branca sempre recebia a visita dos Ventos que moravam nos quatros cantos do mundo, os Ventos teceram com flocos de neves um lindo vestido para a Coruja Branca visitar a Sabedoria, a Solidão era um pouco anti-social, quando os quatros Ventos vinham, a Solidão saia caminhar em outras montanhas. E foi justamente quando a Solidão saiu caminhar e quando os quatro Ventos voltaram para os cantos do mundo que o Corvo apareceu.

- Quem é você? – Perguntou o Corvo para a Coruja Branca.
- Que pergunta mais difícil você me faz! – Respondeu a Coruja Branca – Porque não me perguntas quem eu não sou?
- Quem você não é? – Perguntou novamente o Corvo.
- Eu não sou um nome chamado Coruja Branca, nem sou um animal como a separação dos seres diz, não sou uma característica, não sou você, não sou nada do que não sou eu. Porque eu não sou os signos que me nomeiam.
- Entendo! Prazer, eu não sou um nome chamado Corvo, nem sou uma ave preta que corta os céus e os mares, não sou o que me classificam, não sou um aventureiro, não sou nada do que não sou.
- O prazer é todo meu Senhor Corvo! – Falou a Coruja.
- O que você faz? Continuou o Corvo.
- Eu me preparo á anos e anos para conhecer pessoalmente uma amiga, você deve ter ouvido muito sobre ela, a Sabedoria!
- Sim, sim! – Respondeu curioso o Corvo – Também pretendo visitá-la algum dia, mas no momento encontrei uma caixa que guarda o tempo e eu a abri, mas agora não sei como gastar esse tempo, porque esse tempo é diferente de todos os outros tempos, esse tempo são migalhas totalmente pequeninas de instantes!
- Oh, deixe-me ver! – Inclinou-se para a caixinha a Coruja Branca – Você tem razão, ele é bem curto!
- Me sinto sozinho e esse tempo é muito pequeno para que eu encontre a Sabedoria, preciso ser mais hábil, ser mais produtivo para a selva, pois a selva me dá pouco quando produzo pouco. – Falou o Corvo olhando para a selva ao seu redor.
- Sei como é – Suspirou a Coruja Branca – A selva me excluiu á algum tempo, pouco ela me dá, pois nada produzo a não ser meus pensamentos, mas pensamentos não mata a fome, porém se eu encontrar a Sabedoria ela irá me ajudar, sinto isso com tudo o que sou!
- Admiro sua coragem! – Falou o Corvo.
- Invejo sua liberdade... – Respondeu a Coruja.
- Venha comigo voar um pouco pela selva! – Convidou o Corvo.
- Oh, não sei bem se é certo, á muito tempo não vôo, posso me perder e depois não me encontrar mais! – Lamentou a Coruja Branca.
- Se você se perder eu te acho e te devolvo a ti! – Consolou o Corvo.

 ♘
 Então voaram juntos pela selva, mas a Coruja Branca esqueceu que seu vestido era de flocos de neve e então ela viu todo o véu gelado derreter de suas asas e notara que passou tanto tempo no topo da montanha que seu pequeno coração congelou com as visitas dos quatro Ventos e então ela não conseguia mais voar, pois seu coração estava quente demais para si mesma e o gelo que derretia saia pelos seus olhos, suas asas foi machucada pelos galhos das árvores devido a falta de habilidade que ela teve.

O Corvo desesperadamente a procurou, mas a Solidão visto que a Coruja Branca não estava no seu lugar de sempre, saiu desesperadamente e encontrou a Coruja Branca antes do Corvo e a levou de volta para a montanha. Os quatros Ventos voltaram preocupados com as feridas da Coruja Branca e visto que não poderia curar essas feridas, sopraram sobre elas para que congelasse e para que a dor não doesse, mas o que mais sangrava dentro de si era o seu coração, pois havia algo ali que a deixava fraca e frágil.

A Coruja Branca passou meses sem ver o Corvo e descobriu a ferida que dói e não se sente, desesperada ela pediu para que os Ventos tentassem novamente congelar seu coração, mas os Ventos acabaram trombando entre eles e nem seus furacões foram capazes de congelar aquele pequenino pedaço de carne que queimava como vulcões explodindo. Visto que não tinha solução pediu para a Solidão procurar o Corvo.

A Solidão toda silenciosa, descobriu que o Corvo entristeceu alguém e voltou correndo contar para a Coruja Branca.

- Coruja Branca, minha companheira de lágrimas e melancolias, fui buscar aquele que faz seu coração sangrar e queimar, descobri que há uma pequena donzela que cujo nome significa quase o meu nome, os gregos falaram que seu nome diz “sozinha e solitária”... A donzela sozinha e solitária não quer mais falar com o Corvo. Corvo machucou o coração da donzela.

- Obrigada Solidão, sempre soube que junto com a Sabedoria, você é a amiga mais fiel que sempre esteve por perto, lamento ter saído de perto de você sem avisar, eu me distraí um pouco com o Corvo que também buscava aquela que eu busco. Coruja Branca não tem medo de você, Coruja Branca conhece agora a dor do coração que sangra e não quer ver a donzela cujo nome é sozinha e solitária, chorar... – Sorriu falsamente para a Solidão – Diga ao Corvo que eu tenho você e que ele precisa cuidar da donzela sozinha e solitária e entregue a ele essa carta.
A Solidão saiu na selva cumprir seu dever, mas Coruja Branca não viu a Solidão voltar... Então a Coruja Branca decidiu que o topo da montanha gelada era seu lugar e embora seu coração não pudesse congelar de novo, ela podia fazer da dor lindos poemas melodramáticos e versos para inspirar aqueles que amam.

- Volte logo Solidão... – Falou baixinho para que os quatro Ventos não ouvissem. - Talvez eu não percebi, mas o Corvo gastou o tempo da caixinha feitos de instantes comigo...

domingo, 11 de abril de 2010

sera? ...

O defeito de ser sinceros  é que sempre achamos que os outros também são....
A conciencia é algo engraçado, ela pode ser traiçoeira...

Pensando...


Não quero escrever poesia

Não quero mais ser poeta

Poeta sofre demais

Não quero mais sofrer

Não quero mentiras

Nem verdades doloridas

Quero silêncio

Não quero mais!

Traga-me os sorrisos

Não me trague com um sorriso falso

Deixe-me em paz

Mas não me deixe