domingo, 16 de maio de 2010

Alone...

- O quê dói mais? Um prego na testa ou gilete na pálpebra?
- Solidão.






Onde está você agora e por onde você andou enquanto eu decidia comprar a minha passagem só de ida para longe de você? Porque você não lutou? Porque você não chorou? Você ainda pensa em mim daquela maneira que você me disse que fazia?

A garota com os olhos.

Eu termino a mensagem e depois vou me deitar sozinha, encarar as luzes lá fora através da minha janela com todo o medo que você nunca me deixou sentir, até me deixar cair. 
Eu ouvi todo mundo me dizer que eu estava te superestimando, te idolatrando e me perdendo de quem eu costumava ser. Minha mãe me disse que eu estou paranóica, minhas amigas dizem que o amor não existe, mas você ousava me dizer que eu era a sua preferida. Você ousava falar sobre paixão e futuro, você ousava realizar meus caprichos.  
Diamantes são para sempre, mas toda vez que você se vai dessa maneira eu me refaço inteira só para não morrer.
Gostava mais de mim quando eu costumava gostar mais do amor do que dos garotos, até que você invadiu a minha casa, a minha vida, as minhas roupas, os trecos soltos na minha bolsa e os poemas no meu diário. 
Eu costumava ser eu até você entrar em mim. Eu costumava estar viva até você bater a porta em face aos meus sentimentos mais puros e honestos. Mas eu seria bem menos se você fosse bondoso.
E então eu choro. Choro até perder o fôlego ou até alguem aparecer pra me dizer que eu mereço mais. E eu merecia mais, não merecia? Você não é nada pra perto mim, mas mesmo assim é tudo, tudo até o fim.


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Boa noite.

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